Review: Dragon Ball Super Broly – O Filme


20º filme da franquia traz velho conhecido dos fãs e prova que o carro-chefe de Akira Toriyama tem lenha pra queimar

Vou começar este texto com uma pergunta, que também me fiz antes de assistir o filme: “O que esperar de um filme de Dragon Ball?”. Afinal, estamos diante de uma obra que possuí mais de 30 anos e segue sempre respeitando a fórmula que o consagrou como pilar e referência no gênero.
Logo é difícil não esperar algo que siga nessa linha, em especial quando lembramos que o próprio autor resolveu inserir um personagem que muitos fãs da franquia viam como o mais insano e poderoso dentre os sayajins. Além disso, também temos a questão de linha tênue, pois é preciso inserir o personagem sem parecer forçado e criar uma história que seja realmente atraente ao público, em especial após o final de Dragon Ball Super.
Pois bem, após o filme, posso dizer que a missão foi bem cumprida e tivemos um filme que consegue atender as expectativas de uma forma única; mas vamos por partes.

Considerações gerais: 

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Dragon Ball Super Broly – O Filme é o 20º filme da franquia Dragon Ball se somarmos de uma forma geral e saiu no Japão dia 14 de Dezembro deste ano, fazendo bonito com direito a diversas críticas positivas e ostentando uma nota 8.64 no MAL. Aqui no Brasil o filme estreia no mês de Janeiro de 2019. A equipe do filme conta com Akira Toriyama envolvido na concepção do argumento do filme (fora todos os membros da Toei Animation, mas falarei disso mais para frente, espero). 
Com relação ao filme, dá para começar a discorrer no fato que o filme realmente é empolgante. Ele funciona como entretenimento e consegue atrair aqueles fãs mais ferranhos da série, pois é um longa que visa apresentar um novo personagem enquanto desenvolve uma narrativa que tende a funcionar dentro de suas limitações e clichês da série. 
O jeito como tudo é conduzido visa, especialmente, apresentar o Broly para o espectador sob uma nova ótica – que fuja do padrão que nos foi apresentados nos filmes antigos, quando ele não era do cânone – e isso, por si só, é algo que torna ele uma personagem menos agressiva e com um passado mais humano o que, de certo modo, se apresenta bem funcional e condizente com o que vemos se desenvolver ao longo de 1h55 de filme.

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Também é válido dizer que o passado dos Sayajins também é explorado dentro do que é possível, contudo essa exploração acaba indo um pouco contra o que já foi apresentado anteriormente na obra e, honestamente, isso foi um ponto que me incomodou um pouco, porque fica uma contradição dentro de diversos pontos. Claro que não é um todo isso, contudo o foco de maior contradição fica no dia que o Freeza destrói o planeta Vegeta. 
Outro ponto que merece atenção é que o filme acerta em diversos pontos quando o quesito é gerar empatia com o público e muito disso se deve ao timming bem executado. Temos aqui, momentos onde há comédia no ponto e, no instante seguinte, uma cena de luta para nenhum fã por defeito. Essencialmente dá para dizer que quase boa parte do roteiro é apenas uma justificativa para termos uma luta entre os três Sayajins; e, meus amigos, é uma luta que vale a pena e rende momentos onde você vibra verdadeiramente, querendo mais desses confrontos.
Todavia há alguns pontos que poderiam ser tratados de uma forma diferente como, por exemplo, a animação que poderia ter permanecido apenas em 2D já que o CGi deixa o estilo meio inconstante e acaba por prejudicar diversos momentos, pois fica remetendo a um jogo de Playstation o que torna mais pobre o trabalho final.

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Isso sem contar que há alguns momentos em que se nota, claramente, oscilação na qualidade de animação. Ok que foi um trabalho em conjunto com outro estúdios (isso fica claro o bastante nos créditos finais), porém é importante sempre focar em manter um nível fixo de animação, pois ajuda o processo a ser ainda mais agradável e fluído. Contudo é sempre bom frisar que isso não desmerece a qualidade de toda história, pelo contrário, tudo se mantém.

Vale também dar uma menção à trilha sonora do filme, pois ela cumpre o que é necessário para um ritmo linear e ainda consegue agregar as cenas, sem contar que é uma trilha gostosa de ouvir após a saída da sessão (peguei para ouvi-la dias atrás e vale a pena). Outra citação cabível aqui é que a música tema do filme, “Blizzard” do Daichi Miura, é extremamente viciante e combina muito com o filme, sendo uma escolha bem acertada para este longa-metragem.

Considerações Finais:

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Retomando o ponto que levantei lá no início do texto, eu fiz uma pergunta a mim mesmo e, depois da sessão, cheguei a conclusão que um filme de Dragon Ball, em sua essência, precisa se focar em entreter e isso ele faz a contento. Existe um real cuidado com o filme para que ele seja a fórmula da série, porém se dando ao luxo de ousar na medida certa.
É um filme que nos apresenta quem precisa, se foca e entregar lutas e deixar um final que representa bem a ideia de seguir a trama e tudo isso é feito de uma forma que denota o cuidado empregado e, além disso, o cuidado que o autor teve em trabalhar um personagem que é querido pelo público.
Eu que já tive um imenso amor pela franquia de Akira Toriyama quando criança (hoje em dia acho divertido, porém superestimado pelo público) me vi voltando a terna idade para me deliciar com as lutas dos mais fortes e posso assegurar que o filme cumpre aquilo que promete e nos deixa animado para o que virá a seguir. É daqueles filmes que te fazem vibrar e atende aos anseios dos fãs ferranhos dos guerreiros Z. 
Como dito, o filme tem estreia marcada para Janeiro, mais precisamente dia 3 de Janeiro de 2019. A Fox está encarregada da distribuição e o elenco de dublagem é o mesmo que ouvimos por tanto tempo, logo temos uma festa completa e vale a pena conferir nos cinemas. Pois é um filme que honra seu título de Shonen de Lutinha referência.

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